A unidade da esquerda em POA – Sobre programa e definição de nomes!

Na quinta-feira (14), tivemos um importante encontro de lideranças do PT e do PSOL. Estiveram presentes Laura Sito, presidenta do PT municipal e deputada estadual, Roberto Robaina, vereador e presidente do PSOL de Porto Alegre, Cícero Balestro, coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT-RS, Tamyres Filgueira, pré-candidata a vice-prefeita e dirigente do PSOL, Maria do Rosário e Luciana Genro, respectivamente deputada federal pelo PT e deputada estadual do PSOL, ambas pré-candidatas de seus partidos à prefeitura de Porto Alegre.

Houve muito afinamento em questões programáticas para a disputa na cidade, tendo como centro a defesa da nossa população, do interesse público, dos serviços públicos e de qualidade, de uma cidade mais humana para as pessoas e que inverta prioridades. A capital dos gaúchos e das gaúchas pode melhorar muito.

Foram pontos consensuais a defesa de um plano para termos um amplo debate na cidade sobre a possibilidade de tarifa zero no transporte público, começando pelo estudo dos projetos da deputada Luiza Erundina e do vereador Robaina, acesso à água com um DMAE público, a reestatização da Carris, que já foi orgulho para os porto-alegrenses e a não aceitação da privatização da Trensurb.

A continuidade das discussões sobre a saúde e o papel do complexo hospitalar do GHC na cidade foram definidas como muito importantes. E, sobretudo, foi feito um acordo de debater todos esses assuntos e todos os aspectos do programa em plenárias em bairros e com categorias e setores políticos e sociais, envolvendo o conjunto da cidade. Um processo de debate programático, construído desta forma, faz parte de um plano para a recuperação de Porto Alegre e das mudanças que a cidade necessita. Precisamos colocar nossa capital no ritmo das mudanças do país e derrotar a extrema direita na cidade, que já elegeu Lula presidente com 54% dos votos.

Todos concordaram que o programa deve ser o balizador da construção da unidade e que esse deve ser, portanto, o esforço central de discussão. Sobre os nomes da chapa, indicou-se a possibilidade de método em que os nomes apresentados pelo PSOL e pelo PT poderão ser submetidos a uma pesquisa para aferir quem é o de maior densidade eleitoral para encabeçar a chapa.

O PSOL deixou claro, em declaração de Luciana, que, no caso de ser Maria do Rosário o nome mais forte, Tamyres Filgueira será indicada como vice de Rosário. Tamyres será um fator fundamental de renovação na campanha. Uma liderança mulher e negra, periférica, sindicalista e de esquerda, fará a diferença.

Há concordância de que se está produzindo algo inédito: a unidade do PT e do PSOL e suas respectivas federações, constituída quase um ano antes das eleições. Isso tem uma enorme força política. Estamos chegando a tal unidade porque o espírito de construção comum para enfrentar a extrema direita é o que deve prevalecer, e esse é o esforço que vem sendo feito.

Vamos seguir firmes nesta construção.