Todos os brigadianos de Porto Alegre terão câmeras nas fardas até março, afirma Secretário de Segurança

A previsão foi dada à deputada Luciana Genro (PSOL) em reunião com a Secretaria de Segurança Pública.

13 ago 2024, 16:30 Tempo de leitura: 2 minutos, 8 segundos
Todos os brigadianos de Porto Alegre terão câmeras nas fardas até março, afirma Secretário de Segurança

Até março de 2025, 1.100 policiais de Porto Alegre, dos quais mil são militares e 100 civis, contarão com câmeras corporais em suas fardas. A previsão foi dada à deputada Luciana Genro (PSOL) em reunião com a Secretaria de Segurança Pública nesta quinta-feira (8). A parlamentar é relatora da Subcomissão das Câmeras Corporais, criada para acompanhar a instalação destes aparelhos por parte do governo do estado, além de ser autora do projeto de lei que prevê o uso das câmeras.

Enquanto autora do projeto de lei voltado para o assunto, protocolado ainda antes do governo estadual tomar a iniciativa de fornecer as câmeras, Luciana Genro vem buscando acompanhar de perto a instalação. A subcomissão já se reuniu com o idealizador da política em São Paulo, Coronel Robson Cabanas Duque, e com diversos especialistas e pesquisadores no tema, para contribuir com as discussões. O Coordenador Técnico da Subcomissão, Conrado Klöckner, e o assessor jurídico Samuel Forneck também participaram da reunião.

“Queremos adequar o projeto de lei para aprimorá-lo e ser um complemento legal ao que já está sendo feito por essa administração”, afirmou a deputada. O secretário Sandro Caron relatou que a ideia é começar com mil câmeras, a serem colocadas em policiais de Porto Alegre, iniciando pelo Batalhão do Centro.

O diretor do Departamento de Comando e Controle Integrado, Coronel Alex Sandre Severo, afirmou que seriam necessárias 5.500 câmeras para atender todo o estado e que o tempo de instalação dessas primeiras mil é de cerca de seis meses.

As câmeras irão permanecer ligadas filmando durante todo o tempo que o policial estiver na rua, e o próprio policial poderá ver as imagens de sua câmera. Além disso, haverá um sistema de supervisão que permitirá a revisão das imagens por superiores, seja para fins de garantir o uso adequado, seja para fins de treinamento.

“Tudo aqui é auditado. Qualquer pessoa que mexer na imagem, buscando recortar uma parte, por exemplo, aciona um grupo de pessoas, não é qualquer um que irá poder fazer isso”, garantiu o secretário. Ele tranquilizou a respeito da possibilidade de perseguições, pois afirmou que acessos atípicos, como o de um superior olhando constantemente as gravações de um subordinado específico, o que não só ficaria registrado, mas geraria um alerta.

A Subcomissão foi instalada em junho e emitirá seu relatório final nos próximos meses.