Balanço eleitoral e tarefas imediatas pautam primeira plenária do PSOL/RS pós-eleição
O encontro, coordenado pela nova presidenta estadual do partido, Gabrielle Tolotti, ocorreu na Ocupação Periferia no Centro, no Centro Histórico de Porto Alegre. A sigla discutiu uma série de temas, não apenas ligados ao balanço eleitoral, mas também às importantes mudanças da situação política ocorridas na sequência das eleições.
1 dez 2024, 16:06 Tempo de leitura: 2 minutos, 25 segundosO PSOL/RS realizou sua primeira grande plenária após as eleições municipais. O encontro, coordenado pela nova presidenta estadual do partido, Gabrielle Tolotti, ocorreu na Ocupação Periferia no Centro, no Centro Histórico de Porto Alegre.
A sigla discutiu uma série de temas, não apenas ligados ao balanço eleitoral, mas também às importantes mudanças da situação política ocorridas na sequência das eleições.
O PSOL considera exitosos seus resultados no Rio Grande do Sul, especialmente pelo crescimento da bancada na Câmara Municipal de Porto Alegre – passou de quatro para cinco vereadores, tendo quatro entre os oito vereadores mais votados na cidade – e pela eleição de Dani Brizolara como vice-prefeita de Pelotas, primeira vice-prefeita mulher e negra da cidade e único cargo no Executivo conquistado pelo PSOL no país. Em Santa Maria, o partido também celebrou a eleição de sua primeira vereadora, Alice Carvalho.
A plenária ainda debateu o desempenho da centro-direita nas urnas e, ao mesmo tempo, ressaltou o dinamismo da política, os muitos processos de contradições e crises que se interligam e movimentam a situação. Isso ficou evidente com a forte mobilização contra a escala 6×1, que é a expressão atual da luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários. O assunto pautou as redes sociais e a imprensa e começou a ganhar as ruas. Em Sorocaba (SP), a greve dos operários da Pepsico foi desencadeada por essa reivindicação. A burguesia, por outro lado, tenta enfraquecer o debate.
Militantes e dirigentes discutiram a necessidade de se reforçar as demandas da classe trabalhadora e de colocar o PSOL no protagonismo dessas lutas, honrando suas bandeiras históricas.
Fazer a luta por uma redução da jornada de trabalho sem corte de salários e combater ajustes fiscais que atacam o povo mais pobre são tarefas imediatas do PSOL, além de manter a luta contra a direita – reforçou Gabrielle.
O encontro não poderia deixar de discutir a luta pela prisão de Bolsonaro e ações concretas para mobilizar a sociedade pela prisão do ex-presidente e os militares golpistas.
Estamos pagando até hoje por não termos condenado os crimes da ditadura. O golpismo que estamos vendo agora é resultado da anistia do passado – alertou a deputada estadual Luciana Genro.
Entre os encaminhamentos da plenária estão a criação de um canal direto no WhatsApp para melhorar a comunicação entre militantes e direção, a organização de uma campanha nas ruas pela prisão de Bolsonaro e seus golpistas e uma moção de solidariedade ao deputado federal Glauber Rocha (PSOL/RJ), cujo mandato está ameaçado de cassação por Arthur Lira e sua turma.