60°C no Parque Harmonia: política de privatização do governo Melo escancara desmonte ambiental

Vendida como “revitalização” pelo governo Melo, a obra resultou em um cenário desolador: um dos parques mais arborizados da cidade foi transformado em um mar de cimento, tornando-se uma ilha térmica.

5 fev 2025, 14:45 Tempo de leitura: 1 minuto, 19 segundos
60°C no Parque Harmonia: política de privatização do governo Melo escancara desmonte ambiental

A destruição do Parque Harmonia é mais um capítulo da política de desmonte ambiental promovida pela Prefeitura de Porto Alegre, com aval da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade. Após a derrubada das árvores, o biólogo Paulo Brack, do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (Ingá) e suplente de vereador pelo PSOL, denunciou que o chão do parque marcava 60°C nesta terça-feira (4).

Vendida como “revitalização” pelo governo Melo, a obra resultou em um cenário desolador: um dos parques mais arborizados da cidade foi transformado em um mar de cimento, tornando-se uma ilha térmica.

Paulo Brack também denunciou o descaso com a vegetação nativa e o avanço da degradação ambiental na cidade. “Infelizmente estamos constatando uma monocultura de árvores nesse espaço tão importante. Mesmo sendo nativa, o Ipê Roxo é praticamente a única árvore sendo plantada aqui! Queremos que os parques tenham uma vegetação com diversidade de árvores e, ao mesmo tempo, cuidados,” denunciou.

O caso do Harmonia não é isolado. O governo de Sebastião Melo tem priorizado parcerias público-privadas que, na prática, transformam áreas de lazer e preservação ambiental em espaços de exploração comercial, ignorando os impactos para a população.

A política de privatização e retirada de áreas verdes caminha na contramão das necessidades climáticas e sociais, intensificando a crise ambiental e excluindo os cidadãos do direito a uma cidade sustentável.