Deputadas do PSOL realizam visita técnica à Patrulha Maria da Penha para discutir ações de enfrentamento ao feminicídio no RS
As deputadas do PSOL Luciana Genro e Fernanda Melchionna realizaram uma visita técnica à sede da Patrulha Maria da Penha.
11 jul 2025, 19:19 Tempo de leitura: 2 minutos, 20 segundos
Em mais uma ação conjunta na luta contra os alarmantes índices de violência de gênero no Rio Grande do Sul, as deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna, ambas do PSOL, realizaram uma visita técnica à sede da Patrulha Maria da Penha em Porto Alegre. A agenda faz parte do cronograma de atividades da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, coordenada por Fernanda, criada para investigar e propor medidas diante do aumento dos feminicídios no estado.
“O crescimento do número de feminicídios no Rio Grande do Sul exige respostas urgentes. Estar aqui, ouvindo os profissionais da linha de frente, nos ajuda a pensar políticas mais efetivas e a cobrar do governo ações concretas. O Estado precisa investir mais, garantir orçamento e ampliar o alcance desse trabalho,” destacou Luciana Genro.
Fernanda Melchionna ressaltou que os números mostram que onde há acompanhamento efetivo, a prevenção funciona: “Como Comissão Externa, nossa missão é escutar quem está trabalhando ativamente no combate à violência contra a mulher e propor soluções efetivas. A atuação da Patrulha é essencial, mas é preciso ampliar e estruturar a rede como um todo.”
Representando a Patrulha, o Tenente Coronel Limeira e a Capitã Fisch explicaram que hoje a Patrulha conta com cerca de 160 policiais qualificados, que em 62 batalhões atendem 114 municípios, e faz parte da Rede Estadual de Enfrentamento e Atendimento Especializado às Mulheres em Situação de Violência e Promoção da Autonomia das Mulheres – Rede Lilás. Destacam que neste primeiro semestre, apesar de um aumento de 20% comparado com o mesmo período do ano passado, dos 36 feminicídios registrados no estado somente uma das vítimas fazia parte do atendimento da Patrulha.
“Além dos patrulheiros, outros agentes de segurança passam por uma treinamento para atendimento em casos de violência contra a mulher, totalizando quase 3 mil profissionais qualificados. Além disso, temos trabalhado para ampliar a rede e otimizar o atendimento já oferecido, com a roteirização das visitas e, em um futuro próximo, a integração dos sistemas de registros de dados sobre vítimas e também agressores,” explicou o TC Limeira. Em 2025 serão cerca de 500 policiais militares qualificados com curso de especialização sobre o tema.
A advogada, ex-Secretária de Políticas para Mulheres do RS e militante feminista Ariane Leitão também esteve presente e pontuou a importância do fácil acesso a informações como classe social, localização geográfica e outras característica, já que com este conhecimento é possível propor ações mais assertivas e efetivas para sanar o problema. Para ela, a integração de dados e o fortalecimento das políticas públicas são caminhos indispensáveis para enfrentar essa tragédia social.