Não vão calar o apoio ao povo palestino!
Tenho familiares que foram mortos em Auschwitz, sou de uma família de judeus alemães que viveram na pele o genocídio nazista. Justamente por conhecer aquela tragédia de perto, posso afirmar que o martírio do povo judeu não pode ser utilizado politicamente para justificar o martírio de outro povo. Quem afirma que eu manifesto qualquer tipo […]
20 out 2023, 16:18 Tempo de leitura: 1 minuto, 53 segundosTenho familiares que foram mortos em Auschwitz, sou de uma família de judeus alemães que viveram na pele o genocídio nazista. Justamente por conhecer aquela tragédia de perto, posso afirmar que o martírio do povo judeu não pode ser utilizado politicamente para justificar o martírio de outro povo. Quem afirma que eu manifesto qualquer tipo de endosso ao antissemitismo, à xenofobia e ao racismo está cometendo crime de calúnia.
O objetivo dessa representação é intimidar qualquer manifestação de apoio ao povo palestino e fazer demagogia política com as bases da extrema direita, utilizando os métodos já conhecidos da mentira, da manipulação e do oportunismo político. A perseguição a mim não é um caso isolado. Muitas vozes que têm se levantado para questionar o direito de Israel bombardear civis e promover uma escalada no genocídio do povo palestino têm sido acusadas de “apoiar o terrorismo” ou de ser antissemitas. Professores, jornalistas, sindicalistas e ativistas ao redor do mundo têm sido perseguidos e até presos devido a sua defesa da libertação da Palestina.
Já são mais de 5 mil mortos no conflito, dos quais 1.500 são crianças palestinas. Os políticos que me acusam nada dizem para condenar esta matança e para lamentar a morte de civis, mulheres e crianças palestinas. Para eles as vidas palestinas nada valem? A extrema direita só se interessa pelo Oriente Médio para fazer politicagem, ganhar likes nas redes sociais, visibilidade na imprensa e principalmente para desviar os olhos do mundo da matança que Israel está promovendo na Palestina.
Aqui no Rio Grande do Sul, representantes de mandatos que travam uma guerra ideológica contra todas as pautas progressistas em defesa dos trabalhadores, das mulheres, da população LGBTI+, da juventude e da negritude agora se voltam contra a deputada mais votada do estado numa tentativa de ganhar projeção política para suas bandeiras reacionárias.
Vamos tomar todas as medidas jurídicas, políticas e no âmbito da mobilização social cabíveis para combater essa tentativa absurda de silenciar a minha e todas as vozes em defesa do povo Palestino e de uma paz verdadeira na região.