Executiva do PSOL-RS reafirma nome de Pedro Ruas como pré-candidato ao governo, escolhe Robaina ao Senado e vota negociação programática com PT para composição da chapa
O partido defende que a unidade democrática é necessária e por isso definiu desenvolver negociações com a federação formada por PT e PCdoB, e não apenas com os partidos anticapitalistas. Neste sentido, o PSOL-RS decidiu apresentar o nome de Ruas como melhor opção, propondo à federação PT-PCdoB a indicação de um nome para vice-governador na chapa de unidade.
4 jul 2022, 21:37 Tempo de leitura: 2 minutos, 50 segundosA Executiva Estadual do PSOL-RS se reuniu na noite desta segunda-feira (04/07) e votou pela reafirmação do nome de Pedro Ruas como pré-candidato ao governo estadual. O organismo de direção do partido ainda decidiu que irá apresentar oficialmente o nome de Ruas à federação formada por PT-PCdoB-PV para composição de uma unidade no estado.
O partido defende que a unidade democrática é necessária e por isso definiu desenvolver negociações com a federação formada por PT e PCdoB, e não apenas com os partidos anticapitalistas. Neste sentido, o PSOL-RS decidiu apresentar o nome de Ruas como melhor opção, propondo à federação PT-PCdoB a indicação de um nome para vice-governador na chapa de unidade.
O PSOL considerou que o partido já abriu mão da candidatura própria nacional porque Lula é o melhor nome para derrotar Bolsonaro, mas o mesmo não parece ser o caso da candidatura defendida pelo PT no RS. A reafirmação do nome de Ruas obteve 12 votos favoráveis na Executiva Estadual, duas abstenções e um voto contrário. Já a votação sobre propor ao PT a unidade em torno de Pedro Ruas obteve 11 votos favoráveis, um contrário e três abstenções.
A reunião da Executiva Estadual aprovou, também, o nome de Roberto Robaina como pré-candidato do PSOL ao Senado, com 12 votos favoráveis, um contrários e duas abstenções. Na política de negociação com o PT e o PCdoB, o PSOL considera necessário, além de discussão do melhor nome, alguns eixos programáticos prioritários: a revisão da adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal – mas sobretudo o não pagamento da dívida pública, que já foi paga -, o fim das isenções fiscais às grandes empresas e uma reforma agrária e urbana sob controle das organizações dos trabalhadores.
Os encaminhamentos da direção do PSOL gaúcho são uma resposta à proposta feita pelo PT, de forma oficial, de que o partido deveria apoiar a pré-candidatura de Edegar Pretto, integrando a chapa ao Senado. Durante a reunião da Executiva Estadual, o PSOL-RS deixou claro que defende a unidade no estado, e por isso está apresentando ao PT o nome de Pedro Ruas para compor essa unidade e três eixos programáticos básicos nesta construção.
“Além de estar apoiando Lula nacionalmente, o PSOL está abrindo mão de candidatura própria em estados importantes como São Paulo e Rio de Janeiro, em prol de composições onde PT e PSB estão na cabeça de chapa. No caso do Rio Grande do Sul, portanto, entendemos que a unidade passa por um movimento do PT em direção a essa composição, onde o nome de Pedro Ruas pode ser muito forte no estado”, diz o documento que será enviado pelo PSOL ao PT.
A direção do partido ainda reafirmou que a proposta de composição envolve a federação PT-PCdoB-PV, mas não o PSB. Pedro Ruas tem insistido que o PSB não cabe nesta composição programática, já que o partido integrou a base de apoio dos governos Sartori e Leite e implementou políticas de privatização, ataque aos trabalhadores e precarização dos serviços públicos.