PSOL-RS reúne seu diretório estadual e debate a situação política do país e do estado
O encontro ocorreu de forma virtual e contou com a participação das deputadas estadual Luciana Genro e federal Fernanda Melchionna, além do deputado estadual Matheus Gomes e do vereador de Pelotas Jurandir Silva.
20 maio 2023, 17:37 Tempo de leitura: 2 minutos, 40 segundosO PSOL-RS reuniu na tarde deste sábado (20/05) o seu Diretório Estadual de forma ampliada, garantido a participação de membros de direções municipais também. O encontro ocorreu de forma virtual e contou com a participação das deputadas estadual Luciana Genro, presidente do partido, e federal Fernanda Melchionna, além do deputado estadual Matheus Gomes e do vereador de Pelotas Jurandir Silva.
Durante a reunião, as lideranças do PSOL gaúcho avaliaram a situação política do país e do estado. A nível nacional, foi observado o contexto de força da extrema direita – que, apesar da derrota eleitoral de Bolsonaro, segue organizada e atuante – e de contradições no interior do governo Lula em relação às lutas populares. O partido entende que é necessário, sim, defender o governo dos ataques da extrema direita, mas aponta também a necessidade de lutar para avançar em causas que envolvem a defesa da classe trabalhadora, da juventude, das mulheres, da negritude e da comunidade LGBTI+.
Neste sentido, o conjunto dos dirigentes reunidos foi unânime em defender que o PSOL deve ser a ponta de lança do enfrentamento à extrema direita no país, exigindo a prisão de Bolsonaro e a responsabilização de todos os golpistas, e também deve se posicionar contra o arcabouço fiscal proposto pelo governo. “Combater o ajuste fiscal para defender os interesses do povo e dos trabalhadores é um princípio do PSOL”, colocou Fernanda Melchionna. A bancada do partido na Câmara dos Deputados já votou contra a urgência do projeto e agora avalia a posição que tomará em relação ao mérito.
Presidente do PSOL-RS, Luciana Genro entende que o arcabouço fiscal é uma expressão das contradições que existem em um governo de colaboração de classes. “Estamos numa situação política muito complexa, em que a extrema direita perdeu a eleição mas segue com força no Parlamento e na sociedade. E temos um governo que é de colaboração de classes e tem contradições profundas nas suas políticas”, comentou.
A deputada falou também a respeito da situação do Rio Grande do Sul, onde o governo Leite ataca o funcionalismo público e os servidores resistem à perda de direitos e à reforma do IPE Saúde. Outros temas foram colocados por lideranças do PSOL na Região Metropolitana e no Interior do estado, como a luta pela revogação da reforma do Ensino Médio, a mobilização dos metroviários contra a privatização da Trensurb, a busca por uma taxa de juros mais baixa e a necessidade de se revogar a autonomia do Banco Central.
A reunião também reforçou os prazos para o processo congressual do PSOL, que neste ano realiza mais um Congresso interno, onde renovará muitas direções municipais, as direções estaduais e a própria direção nacional. O período de plenárias municipais tem início em 29 de julho, as estaduais podem ocorrer a partir de 9 de setembro e o Congresso Nacional está marcado para os dias 29 e 30 de setembro e 1 de outubro.